Acordei me sentindo descansada. Olhei para o despertador e percebi que acordara duas horas mais cedo que o normal. Tentei voltar a dormir, mas não consegui e, por fim, me levantei. Olhei para Max, que estava deitado aos pés de minha cama. Não acordara ainda. Então, me vesti e desci para a cozinha.
Como não encontrei ninguém, preparei meu café da manhã e comecei a comer. Fiquei pensando em como arranjar os ingredientes. Não precisava me preocupar com as raízes de mandrágora nem com as lágrimas de fênix, pois eu as havia encontrado no sótão. As gotas de sangue, eu poderia pegar de Sam e Jú. Mas o resto, eu não tinha ideia de onde encontrar.
Terminei o lanche e resolvi ir para a biblioteca. Precisava descobrir onde achar os outros ingredientes.
Entrei no sótão, peguei minha varinha e a bati, dessa vez de leve, na parede.
A parede brilhou e se abriu. Entrei e comecei a procurar.
Peguei o livro Seres Mágicas e comecei a folheá-lo. Comecei pelas garras de dragão e descobri que na China havia um lugar que os feiticeiros chamam de Caverna do Dragão, conhecida como Monte Everest. Anotei na cópia da receita da poção.
2 garras de dragão (Caverna do Dragão ou Monte Everest – China)
Depois de algum tempo procurando, descobri que acharia o bafo de múmia na Tumba de Nefertari, no Egito; os vermes do rio no rio Lena, na Rússia; e os pêlos de nariz de duende na aldeia deles, que ficava no fim do arco-íris.
Percebi que ainda faltavam duas coisas, e uma delas era o coração de quimera, que não era nada fácil de encontrar. Na aula de Criaturas Mágicas, soube que só existiam 5 ou 6 no mundo! Então tive uma ideia. Peguei minha varinha e murmurei:
- Colapsus! Sr. Hermes!
Uma fumaça saiu da ponta da minha varinha e se acumulou em minha frente. Ela começou a se moldar, até que me vi olhando para meu professor de Criaturas Mágicas.
- Olá, Safíra. Como vai?
- Eu vou bem. E o senhor?
- Estou bem.
- Professor, estou em dúvida em uma coisa.
- Pergunte, querida.
- Onde posso achar uma quimera – e então me lembrei do outro ingrediente que faltava e acrescentei – e um chifre de minotauro?
A pergunta pareceu pegá-lo de surpresa. Ele piscou, desorientado, mas depois assumiu um expressão desconfiada.
- Por que a pergunta, Safíra?
- Apenas curiosidade.
Ele me olhou e, mesmo seu rosto sendo de fumaça, senti a intensidade de seu olhar. Não desviei, pois era um teste. Ele queria saber se eu falava a verdade ou não. Por isso sustentei seu olhar até ele ter certeza do que queria.
Quando ele se deu por satisfeito, disse:
- O único lugar onde você pode encontrar uma quimera é na Islândia. E o chifre de minotauro...bem, os minotauros desapareceram há 2 mil anos atrás, mas existe um feiticeiro que possui o chifre de um deles. Seu nome é Morlogol, e ele é um feiticeiro com o qual você não vai querer se meter! Domina o mais forte nível de magia negra e guarda o chifre como sua joia mais rara.
- Ah...ta. Entendi. Obrigada pela ajuda, Sr. Hermes.
- Não há de que, Safíra, e não se esqueça de fazer a pesquisa que eu passei para hoje!
A pesquisa! Droga!
Ele percebeu minha expressão e riu, e a fumaça se dissipou.
- Um feiticeiro que domina o mais forte nível de magia negra! – sussurrei, sem fôlego. – Esta busca está se tornando cada vez mais impossível!
°°°
- Ele domina o mais forte nível, e eu não sei vencer nem o médio!
Jú e Sam se entreolharam. O sinal para subir para a aula ainda não tocara, e estávamos sentados debaixo da Árvore.
- Quem sabe o que pode acontecer até você ter que enfrentá-lo, Safí? – falou Sam.
- Não se preocupe. Vai dar tudo certo! – disse Jú.
- Mas a cada dia essa busca fica mais perigosa, e não quero envolver vocês nisso!
- Tarde demais! Já estamos envolvidos até o pescoço!
- Sabemos nos virar, Safí! Além disso, temos você ao nosso lado! Quero ver algum monstro se aproximar!
O comentário de Sam me fez rir, e eles se juntaram a mim.
- Mas e os seus pais? Nunca deixariam vocês saírem pelo mundo enfrentando monstros. Meus pais deixarão, pois é meu dever como feiticeira consertar essa besteira que fiz, mas e os seus?
- Você podia fazer um feitiço para que eles deixassem ou coisa parecida... – sugeriu Jú.
- É...pode ser – concordei.
Então um grupo de garotas passou por nós e elas nos olharam e começaram a cochichar e dar risadinhas.
Senti meu rosto ferver.
- Temos uma semana para nos preparar para a busca - eu disse. - Por que tenho certeza de que não vou aguentar mais tempo ouvir essas conversinhas e risadinhas sem causar nenhum desastre!
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Gostaram? Sinto muito mesmo pela demora! Tenho andado ocupada demais esses dias. Muitas provas, tarefas... Já foi difícil arranjar tempo para postar essa capítulo, então já vou dizendo que talvez demore um pouco para postar o próximo. Mas prometo que vou postar assim que conseguir! Talvez não mais semanalmente, mas vou continuar. Não vou parar! Bjs, Carol *-*
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