Decidimos que o primeiro ingrediente que procuraríamos seria o coração de quimera, por isso fomos para a Islândia. A primeira coisa que reparei quando chegamos lá foi o vento, que me fez tremer, apesar da capa de lã e do sol.
Olhamos em volta e nos vimos em uma cidade com poucas casas e construções. Estávamos em Keflavík, a sexta maior cidade da Islândia.
- Colapsus! Âmbar!
Apertei mais a capa de lã à minha volta e perguntei a minha amiga:
- Onde exatamente podemos encontrar as quimeras?
- Segundo esse livro, na capital Reykjavik, que fica na margem sudoeste da Islândia, na Baía de Crina. Lá, vocês devem ir ao Monte Esja, que é um vulcão, hoje inativo. Ela mede 914 metros de altitude e se estende ao longo de Kjalarnes. Acha que já consegue se teletransportar?
- Já. Obrigada, Amby.
- De nada. Boa sorte - e seu rosto sumiu.
- Agora já sei para onde temos que ir – contei a meus amigos. - Mas vamos explorar um pouco esse lugar.
Os três concordaram e começamos a andar pela cidade. Era um lugar bonito. Algo que reparei foi que não vi nenhum negro. A população era inteiramente branca, o motivo pelo qual Jú se destacava, porque tinha a pele mais escura.
- Safí, que língua eles falam aqui? – ela indagou.
- Islandês, inglês e dinamarquês. Pelo que eu estudei, falam também alemão, norueguês e sueco.
- Caramba! Aqui tem língua de tudo quanto é lugar! – comentou Sam.
- Com certeza! – concordou Jú.
Reparei que Max estava muito quieto e olhei para ele. Max olhava fixamente para frente.
Resolvi por em prova uma habilidade que ele me ensinara: conversa por pensamento.
Terra chamando Max! Você está bem?
Hã? Safí? O que houve?
Eu é que pergunto!
É que...eu estava tentando fazer telepatia com as quimeras, mas estamos muito longe.
Ah, entendi.
- Gente, está ficando tarde. Vamos parar em algum lugar para comer e depois ir encontrar as quimeras.
°°°
Depois de comer, nos teletransportamos para o topo Monte Esja. Era um vulcão bem alto, e se fôssemos escalá-lo, levaríamos dias, talvez semanas.
Chegamos lá e começamos a explorar.
- Safí, como é exatamente uma quimera? – perguntou Sam, curioso. – Que poderes ela tem, o que faz...?
- Bem, ela não é um monstro com quem você queira se meter. Ela solta fogo pelas narinas e a aparência dela é... – parei quando senti algo se aproximando. Virei-me e me vi frente a frente com uma quimera. -...é assim! Cuidado!
Abaixei-me quando ela expeliu fogo para cima de mim.
Eu estava cara a cara com um monstro de cabeça de leão, corpo de bode e rabo de serpente. Tinha também uma cabeça de dragão nas costas.
Jú olhava a quimera boquiaberta, e Sam a olhava confuso, com um brilho de admiração nos olhos. Max rosnava.
A quimera se virou a cabeça em nossa direção, os olhos fulminantes.
A busca nem começara direito e já estávamos enfrentando uma quimera! O que viria depois? Ogros? Dragões?
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Aqui está mais um. Espero que gostem! Bjs, Carol 8-3