Acordei com os primeiros raios de sol em meu rosto. Fiquei deitada por uns cinco minutos, olhando para o teto, com preguiça de levantar. Depois criei coragem, me sentei na cama e me espreguicei. Olhei para Max, dormindo aos meus pés, e para as duas camas no chão, onde dormiam Jú e Sam. Pensei em como tinha bons amigos, que me acompanhariam em uma busca perigosa como a que estávamos prestes a enfrentar e, novamente, me peguei questionando quem seriam Jú e Sam de verdade.
Quando percebi que estava meditando, pisquei e balancei a cabeça. Joguei o cobertor de lado e, tomando o cuidado de não acordar meus amigos, me levantei. Peguei minha varinha e murmurei:
- Dicafulus centapus! – e meu pijama se transformou em uma calça jeans - uma mais larga, por isso mais confortável - e uma blusa de manga curta branca, na qual estava escrita Magic town em vermelho e azul.
Resolvi ir à biblioteca para dar mais uma olhada em alguns livros. Para treinar o feitiço de teletransporte, eu o usei para chegar ao sótão.
- Teleportus!
Senti um vento em volta de mim e fechei os olhos. Quando o vento cessou, eu os abri.
Bati suavemente minha varinha em um bloco na parede e esta se abriu, revelando a biblioteca. Entrei e comecei a dar novamente uma olhada no livro Criaturas Mágicas. Queria relembrar algumas coisas que eu tinha aprendido sobre os seres do mundo mágico, porque eu poderia precisar dessas informações. Eu tinha Âmbar, mas não podia depender totalmente dela. Então me toquei de que tinha que confirmar com ela que viajaríamos hoje.
- Colapsus! Âmbar!
Saiu uma névoa da ponta da minha varinha, e ela tomou forma do rosto de minha amiga.
- Safí! E aí? Tudo pronto?
- Oi, Amby! Sim, está tudo pronto e...
- Peraí! Vou ter que desligar. Daqui a pouco te ligo - e seu rosto sumiu, sem esperar por minha resposta.
Quando estava começando a me preocupar com o que poderia ter acontecido, uma nuvem de fumaça apareceu em minha frente e tomou forma do rosto de Âmbar.
- Me desculpe, Safí. É que Topázio nos ouviu e perguntou o que já estava pronto. Depois, eu disse que não importava, e ela amarrou a cara, dizendo que vai descobrir o que estávamos aprontando, custe o que custar e saiu.
Mesmo nos dias de semana, os feiticeiros tinham aula. Mas quem morava no mundo dos humanos era dispensado delas. Legal, não?
- Sinto muito, Amby. Não queria te meter em encrenca...
- Você sabe que com Topázio por perto é quase impossível ficar longe de encrenca. Mas fica tranquila, Safí. Consigo me virar. O que você estava dizendo antes de eu te interromper?
- Eu só queria dizer que vamos partir hoje. Só para você não ser pega de surpresa caso precisemos de ajuda.
- Obrigada por se preocupar. Já estou preparada. Qualquer coisa, é só ligar.
- Ok. Valeu mesmo, Amby.
- Amigas são para isso, né? Boa viagem. Beijos.
- Obrigada. Beijos.
A fumaça se dissipou e eu voltei a ler.
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Aqui vai mais um, em compensação à demora! Bjs, Carol =3
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