Peguei minha varinha, mas antes que eu pudesse fazer qualquer feitiço, ela atacou. Pulou em cima de mim e me prendeu ao chão. Nisso, minha varinha voou longe.
A cabeça de dragão investiu contra mim, mas consegui desviar. Então ouvi:
-Saranora kassa! - e sentia quimera sair de cima de mim.
Olhei agradecida para Max e comecei a procurar minha varinha. Não estava em lugar nenhum.
Pelo canto do olho, vi o monstro soltar fogo na direção de Sam e, horrorizada, percebi que ele não conseguiria desviar. Corri em sua direção, mas cheguei tarde demais, e ele foi atingido.
- Sam!
O fogo se extinguiu, e consegui ver meu amigo. Eu não sabia se ficava feliz ou assustada. O fogo o envolvera, mas ele não tinha uma marca de fuligem ou uma queimadura! Foi como se ele tivesse um escudo anti-fogo.
Ele também olhou surpreso para o próprio corpo ao perceber que não se queimara. Vi que a quimera o olhou confusa, e os dois ficaram se encarando por um tempo, quando a quimera, de repente, fez menção de investir. Minha varinha não estava comigo, mas eu sabia fazer alguns feitiços apenas com as mãos.
Estendi-as e gritei:
- Draji moi!
Minhas mechas começaram a brilhar e da minha mão saiu um raio azul, acertando em cheio o monstro, que caiu ferido.
Jú se aproximou de mim segurando minha varinha.
- Aqui está, Safí.
- Obrigada - e me aproximei devagar do animal, com a varinha estendida. Jú, Sam e Max se aproximaram também, todos atrás de mim.
Ela não estava morta, eu podia sentir. Eu tinha que matá-la, pois precisava de seu coração, mas de repente senti pena dela. A quimera não tivera culpa, só estava fazendo o que a natureza a ensinou a fazer: defender seu território. Mas era necessário matá-la para conseguir se coração. Dito e feito.
Estendi minha varinha.
- Jaidaver! - e a quimera parou de respirar.
- Pelo menos, ela teve uma morte rápida e sem dor – comentou Sam.
-Agora temos que pegar seu coração – lembrou Max.
Com a pena e a tristeza transparecidas em meu rosto, guardei minha varinha e encostei as duas mãos na barriga da quimera.
- Makada vacutor! - e seu coração apareceu em minhas mãos.
Eu sei, parece nojento, mas não é. O coração de uma quimera, fisicamente, pode ser confundido com uma pedra. Mas, se você for um feiticeiro, vai saber diferenciá-lo, pois sentira o poder que ele esconde.
- Bem, agora já temos três ingredientes: o coração da quimera, as raízes de mandrágora e as lágrimas de fênix, que peguei no sótão - eu disse. Percebi que tinha que guardar o ingrediente que estava em minhas mãos, então falei – Zaloi canaro! – e em meu colo apareceu um pequeno caldeirão de uns 30 centímetros de altura. Coloquei o coração lá dentro, junto dos outros dois – Canaro zaloi! – e ele desapareceu. Nesse caso, o contrafeitiço são as palavras invertidas.
- Sam, você poderia nos explicar como não virou cinzas quando a quimera te atacou? – indaguei, voltando-me para ele e franzindo o cenho desconfiadamente.
- Eu...eu não sei...não tenho ideia – gaguejou Sam. – Quando o fogo me atingiu, senti o calor fogo passar por mim, mas ele não me queimou. Pelo contrário, me senti mais forte. Foi como se eu tivesse uma barreira à prova de fogo.
Ou como se você fosse uma barreira à prova de fogo, pensei. Esse deve ser um dos poderes dele... Estranho! Essa é uma habilidade que apenas as quimeras possuem... será que tem alguma coisa a ver? E Jú? Quais serão os poderes dela?
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Oi, galera! Desculpem a demora! Estou tendo alguns problemas pessoais, mas aqui está o capítulo 17. Fiquem ligados! Bjs, Carol =)
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