Dormimos na montanha mesmo, pois Max tinha achado uma caverna escondida.
Eu estava no terceiro sono quando ouvi uma voz ecoar em minha mente:
Safíra!
Vovó? É você?
Sim, querida, sou eu.
O que houve? Algum problema?
Não, Safíra. Queria só lhe dizer que estou orgulhosa de você. Parabéns pelo primeiro ingrediente.
Você deve estar orgulhosa de Max, Sam e Jú. Eles sim fizeram um bom trabalho. Quase não precisaram de mim. Só servi para atrapalhar! No primeiro momento da luta, já perdi minha varinha. Depois, a Jú perdeu tempo procurando-a para mim. E o Max ainda teve que me salvar! E ainda, o Sam descobre que não pega fogo! Todo mundo se saiu bem hoje, menos eu! Como pode dizer que está orgulhosa de mim?!
Querida, até o mais poderoso feiticeiro tem seu pior momento. Você só teve má sorte. Mas, no fim, fez um feitiço com as mãos, algo muito difícil de fazer! Não se preocupe, estou e sempre estarei orgulhosa de você, querida.
Obrigada, vó. Agora preciso que te perguntar uma coisa. O que aconteceu com Sam?
Bem, Safíra, você descobriu que ele é a prova de fogo. Esse é um dos poderes dele. Logo você vai descobrir outros. E sua amiga também é incrível.
Isso está ficando cada vez mais estranho, vó...e senti alguém tocar meu ombro.
Acorde, querida. E boa sorte.
Obrigada, e acordei. Sam estava sentado ao meu lado, olhando para mim.
- Desculpa te acordar, Safí. É que tenho que falar com você...
- Pode falar.
A luz da tocha iluminou seu rosto, e percebi que ele estava nervoso.
- Bem...é que...sabe quando estávamos lutando contra a quimera?
- Sei.
- Não sei se você percebeu, mas teve um momento que eu e a quimera ficamos nos encarando...
- Percebi, sim. E foi muito estranho.
- Hã...eu estava...estava...conversando com a quimera.
- O quê?! Como?
- De repente, comecei a ouvir a voz dela em minha cabeça, perguntando por que nós estávamos invadindo seu território e respondi que precisávamos de seu coração para uma poção, e se ela poderia nos dá-lo de bom grado. Ela pareceu confusa, não sei porquê, mas depois disse: “Um irmão”, e disse que para mim, ela daria, porque não haveria jeito mais honroso de uma quimera morrer do que ajudando a um irmão. Então fingiu que ia me atacar e você lançou um feitiço, fazendo- a cair.
Eu estava boquiaberta. Meu cérebro estava uma bagunça, com pensamentos voando a 1000 km/h. Tentei organizá-los, o que não foi fácil, e decidi que ele merecia uma explicação.
- Olha, Sam, tenho três coisas a te revelar: primeira, uma quimera só pode ser ouvida por outra quimera, e pelo que eu sei, você não se parece com uma, o que a deixou confusa, pois você conseguiu ouvi-la; segunda, apenas as quimeras são a prova de fogo, nenhum outro ser possui esse poder, nem mesmo os dragões; e terceira, se ela te chamou de “irmão”, foi porque ela achou que você fosse uma delas, o que eu não duvido depois de tantas provas.
- Mas eu não sou uma quimera, Safí. Sou um ser humano!
- Não, não é. Você é um mago-animal.
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E aí, pessoas? Como vai a vida? Espero que tenham gostado desse capítulo =D Hoje, pelos meus cálculos, haveria uma surpresa, mas por falha minha, essa surpresa será adiada para o próximo capítulo. Fiquem ligados! Carol o/
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