- Um o quê?! – Sam perguntou.
- Um mago-animal. É, como o nome já diz, um mago que é capaz de se transformar em um animal, tanto em um comum quanto em um mágico. E o mago possui características do animal. Você, por exemplo, pode ser uma quimera, pois conversou com uma, é a prova de fogo e uma quimera o considerou um irmão. E, se colocar seus instintos à prova, vai perceber que é muito forte, e tem um olfato e uma audição muito sensíveis.
- Ah... – falou Sam, sem fôlego, e juro que o ouvi sussurrando bem baixo Então é isso o que eu sou – Mas, Safí, como posso ser um mago-animal se não sou um mago? E como nunca percebi meus poderes antes?
- É que existem dois modos de se tornar um mago-animal. O primeiro, que acontece na maior parte das vezes, é por um feitiço, e o segundo, que é muito raro, é por genética, e esse é o seu caso. E quanto a não saber dos seus poderes...hã...
- Seus poderes estavam se desenvolvendo – disse uma voz em nossas costas – e isso demoraria a acontecer, pois um mago-animal só se desenvolve totalmente quando ele já é adulto. Você já está sentindo seus poderes agora porque, diferente dos outros, você não nasceu em contato com a magia, pois seu avô era um mago-animal, e ele já tinha morrido. Por isso, quando conheceu Safí, você estranhou um pouco, mas seus poderes entranharam mais, fazendo-os se desenvolverem mais rápidos ao entrarem em contato com a magia dela.
Assustados, olhamos para o lugar de onde vinha a voz, e vimos Jú saindo da sombra que nos cercava.
- Como você sabe disse?! – eu e Sam exclamamos em uníssono.
Ela pareceu confusa por um instante.
- Não sei. Eu simplesmente sei. Quando ouvi vocês falando sobre isso, de repente essa informação surgiu em minha mente e eu falei. Desculpa estar ouvindo, mas quando vocês começaram a falar eu acordei.
Sorri.
- Desculpa por termos te acordado. Mas já que não quer voltar a dormir, sente-se com a gente.
Ela sorriu agradecida e se sentou.
Sam assentiu, pensativo.
- Mas não sou tão forte assim, sou? Pelo menos não pareço fisicamente.
- Apesar disso, é sim – nós duas dissemos. – Venha ver.
E nós três saímos da caverna, cuidadosos para não acordar Max, que dormia profundamente.
Do lado de fora, peguei minha varinha e murmurei:
- Rhot Gorts! - e uma placa de pedra brotou do chão, em nossa frente. Ela cresceu até ficar da nossa altura, e depois parou.
- Você pode facilmente quebrar essa pedra, Sam – eu disse.
- Posso?! – ele indagou, espantado. – Como?
- Basta te deixar irritado – e Jú olhou para mim, um sorriso malicioso.
Eu o retribui e começamos a conversar:
- Jú, você viu aquela vitória do Red Sox sobre o Yankees? – falei. – Nossa, Carl Yastrzemski foi incrível em um jogo que teve de uns anos para cá. Superou de lavada os Yankees.
- É – Jú concordou. – Deixou Yankees no chinelo!
Sam amarrou a cara.
- Parem com isso – ele disse, sombrio.
Ignoramos.
- O Yankees estava horrível naquele jogo! – comentou Jú. – Você viu aquele home run? Não deveria ter contado!
O rosto de Sam se contorcia de raiva.
- George Kell é que foi incrível! Ele estava muito bonito naquele jogo, você viu? –era mentira, eu o achava a feiúra em pessoa.
Ele enrubesceu de raiva e gritou.
Nisso, deu um murro na placa de pedra. Esta tremeu com o impacto, rachou e desmoronou.
Sam ofegava. A cor de seu rosto foi voltando ao normal e, quando se recompôs, olhou para mim, e eu sorri.
Isso pareceu acalmá-lo, e ele olhou surpreso para o que restara da placa.
- Eu fiz isso? – indagou.
- Aham – respondi.
- Uau! E olha que minha mão nem doeu...
- São seus poderes – Jú falou.
- Agora basta você aprender a usá-los – comentei. – Com um pouco de treinamento, logo você poderá se transformar em uma quimera...
-...e eu vou te treinar! – Max apareceu atrás de nós.
Eu não me assustei, mas meus amigos sim.
- Sério? Valeu, Max! – agradeceu Sam, feliz.
Depois dos dois treinarem um pouco, eu nos teletransportei para a cidade novamente, comemos e nos preparamos para ir embora.
- Agora, vamos procurar o próximo ingrediente: o bafo de múmia.
______________________________________________________________________________________________________
E ai? Gostaram do desenho? Foi contribuição de minha amiga Bia. Arigatou, Bia-chan. Por isso, dedico essa capítulo à ela. Até a próxima! Bjs, Carol =D

Nenhum comentário:
Postar um comentário